quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Diário de Verão [1]


Olá, meu nome é Mayara Outfan e esse é o meu diário de verão. Férias sempre foram meio constrangedoras para mim, afinal eu vou todos os anos para o mesmo lugar e com as mesmas pessoas. É um lugar que talvez todos os adolescentes da minha idade gostariam de estar inclusive eu, se eu não tivesse deixado a quilómetros de distancia alguém que eu amasse muito. O meu namorado Alexandre Torres, um dia antes do nosso aniversário de namoro de um ano e três meses. Dizer adeus a alguém que amamos muito, não é nada fácil. Passar Natal e Ano Novo longe de alguém que dá razão para sua vida é infernal. Nosso namoro não era aceito pelas nossas famílias, então o único jeito era passarmos separados um do outro, isso foi inevitável. Eu era uma garota normal, altura média, cabelos pretos e longos, apesar de morar em uma cidade um tanto quanto quente, eu era uma daquelas garotas que achavam que haviam nascido na cidade errada, pois odiava o sol. Tinha, no entanto, uma pela clara como a neve. Meus pais trabalham o ano inteiro, e quando esta chegando perto do natal, arrumam as coisas e vão para uma pequena praia perto da nossa cidade, para passar as férias. Eu me sentia perdida lá, nada me agradava. Nem as pessoas e muito menos o sol. As coisas ruins já começarão a acontecer quando saímos de casa em uma terça-feira a noite muito chuvosa. As estradas eram escuras e a única coisa que conseguíamos enxergar, eram as tartarugas separando as pistas. A chuva só aumentava junto com o meu medo, meus pais preocupados e tudo que passava pela minha cabeça era que férias deveriam ser boas e não assustadoras. Depois de mais ou menos duas horas chegamos à bendita casa de praia. Eu sabia que o meu inferno estava apenas começando. Chegamos lá era quase dez horas da noite, ajudei minha mãe a arrumar as coisas, logo fomos comer e então tomar um bom banho para podermos nos deitar. Acordei perto do meio dia, ou seja, não aproveitei nada a manha do meu primeiro dia na praia, mas isso não mudaria nada, porque eu sabia que assim seriam todos os outros dias.

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