terça-feira, 18 de outubro de 2011

Dias difíceis


Não estou em um dos meus melhores dias, e hoje tudo que eu queria era um colo sincero para me encostar. Em um lugar aberto e fresco, para sentir o ar batendo no meu rosto. Para sentir o gosto que a vida tem, o cheiro da terra e o brilho do sol. Hoje, eu só queria alguém que eu pudesse falar tudo que eu estou pensando e sentindo, sem ser julgada por nada disso. Hoje eu só queria que o mundo parasse. E eu pudesse muda-lo da minha forma, e então dar o play. Um pouco de amor nunca é demais, quando não arrebenta seu coração. Indiferença, solidão. Meu mundo está fora dos trilhos e como um trem desgovernado bate no primeiro edifício. Sobraram-me apenas os destroços e está difícil coloca-los no lugar. Olhar para dentro de mim e saber quem eu sou, ou o que eu quero, ficou cada vez mais impossível. O mundo lá fora está intacto. Aqui dentro que as coisas ficam cada vez mais sem sentido. Se fosse fácil entender, se fosse fácil decifrar oque cada tropeço quer dizer. Se fosse fácil amar. Se fosse fácil perder. Querer tanto alguém, como quer a si mesma. Lágrimas nunca serão suficientes. As paredes a minha volta refletem o brilho que a lua tem, e dentro de mim vejo só escuridão. A lua continua lá, não ofusca seu brilho. Meu coração bate acelerado e parece pular do meu peito. Qual o sentido disso tudo se não posso ter quem mais quero? Porque primeiro me deram a esperança, pra depois puxar o meu tapete? Porque me fizeram ver o que eu queria, pra depois dizer que eu nunca poderia ter? As perguntas eu tenho, só me faltam às respostas.

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